quinta-feira, 6 de agosto de 2009

VACINA H1N1


Parece que os primeiros lotes do novo “Blockbuster” da indústria farmacêutica acabaram de ser produzidos e a OMS atesta a segurança do novo produto, que todos esperam ser seguro e eficaz, mas dado o tão curto período de investigação e desenvolvimento do produto, é sempre complicado afirmar com segurança que estamos perante um produto completamente seguro.

Mas por outro lado não podemos dizer que o produto é inseguro, ou que não deverá ser administrado. Deve haver confiança nas farmacêuticas que ao longo dos anos foram produzindo vacinas com uma enorme taxa de sucesso. Para além disso temos de confiar no trabalho de regulação levado a cabo pela OMS, que tem o contributo de cientistas de renome de todo o mundo, que não têm como objectivo os lucros mas sim o bem-estar das populações.

É óbvio que nos próximos meses a vacina ainda vai ser aperfeiçoada e se calhar daqui a um ano aquilo que estará à venda será diferente do que está á venda actualmente, mas isso não significa que esta não seja boa, mas sim que foram feitos mais estudos, que o conhecimento acerca do vírus aumentou, logo toda essa investigação tem de conduzir ao aperfeiçoamento das vacinas, com a certeza de que estas serão cada vez mais eficazes.

As populações estão alarmadas com toda esta situação do H1N1 e com isso fazem com que os governos fiquem preocupados e que queiram a todo o custo vacinar as suas populações, independentemente dos custos envolvidos. Será impossível vacinar toda a gente pois a capacidade de produção nunca o permitiria, mas vão-se poder vacinar muitos milhões de pessoas e sem dúvida que os lucros que se vão obter vão compensar o muito que se gastou em investigação. A investigação é um processo muito moroso e onde se gastam muitos milhões de euros, mas a partir do momento em que o produto dessa investigação se torna um sucesso de vendas, todos esses gastos acabam por se transformar em lucros e com isso ganhamos todos nós, uma vez que o dinheiro disponível para investigação é maior.

Não tenho pena das farmacêuticas nem dos seus accionistas. Estes também vão lucrar. Mas prefiro pensar que com uma parte desses lucros se vai financiar a investigação e que se podem abrir novas linhas de tratamento em diversas doenças, que por vezes por falta de fundos não sofrem grandes desenvolvimentos.

Vamos ver como é que a vacina se vai comportar e quando esta estiver disponível em Portugal já teremos mais dados disponíveis acerca da sua eficácia e segurança. Será que neste caso compensa sermos pequeninos e com poucos recursos financeiros? Não podemos ver as coisas assim, mas sem dúvida que estes meses de comercialização nos darão mais informações que neste momento não existem.

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