TAXA EURIBOR

Muito se tem falado da taxa Euribor e não tem sido pelas melhores razões. Esta taxa tem conhecido aumentos sucessivos nos últimos meses o que tem deixado muitos portugueses furiosos, pois é dessa taxa que depende a evolução da taxa de juro dos empréstimos bancários para habitação da maioria deles. Mas na última sexta-feira a taxa desceu. A Euribor a seis meses desceu para os 5,431%, o que representa a primeira queda em cinco dias e a taxa a três meses caiu para os 5,381%.

Euribor é a junção das palavras Euro Interbank Offered Rate. As taxas Euribor baseiam-se na média das taxas de juros praticadas em empréstimos interbancários em euros por 57 bancos proeminentes europeus (o painel de Bancos), ou seja, consiste numa taxa de juros que esses bancos cobram quando emprestam dinheiro uns aos outros. O peso dos bancos é inegável nestas taxas e só os maiores estão presentes e podem participar nesta nivelação dos preços, sendo que de Portugal só temos a Caixa Geral de Depósitos, não fosse ela um elo fiel do nosso Estado.
Para a determinação das taxas Euribor são excluídos 15 por cento tanto das percentagens mais altas como das percentagens mais baixas relatadas. Todos os dias úteis, às 11:00 horas, Hora Central Europeia, as taxas de juro Euribor são divulgadas e transmitidas a todas as entidades participantes e imprensa.

Quando se fala da Euribor, costuma-se falar na taxa Euribor, mas na verdade a Euribor corresponde a 15 taxas diferentes, consoante os prazos. As mais utilizadas para os créditos à habitação são as taxas a 3 e 6 meses, mas existem muitas outras modalidades. Existe a Euribor de 1, 2 e 3 semanas e a de 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12 meses.
A Euribor existe desde 1999, o ano em que o Euro foi introduzido. Antes dessa época também já se publicava diariamente uma taxa semelhante chamada Aibor. Para além desta taxa, também existiam em vários países taxas de juros locais, como a PIBOR na França e a Fibor na Alemanha.

O nível das taxas de juros Euribor é, em primeiro lugar, obviamente determinado pelo volume de oferta e procura, logo é normal que em época de crise com uma maior procura por parte dos bancos, que ela suba um pouco mais. Afinal de contas, trata-se de uma taxa de juro do mercado que é formada por um grande número de bancos diferentes. No entanto existem uns factores externos que influenciam em grande medida o nível da taxa de juro Euribor, como é o caso do crescimento económico e das taxas de inflação. Neste momento com o abrandamento das economias e com o aumento da inflação é muito complicado poder pensar-se em grandes descidas, mas pode ser quer se verifique uma descida gradual, que iria ser muito boa para a economia, dando uma maior confiança aos consumidores, que estão fartos de perderem poder de compra.

A taxa Euribor é considerada como a taxa de base para vários produtos de taxas de juros (derivados), como por exemplo, futuros de taxas de juros, swap de taxas de juros e contratos de garantias de taxas. A Euribor também é bastante utilizada como taxa de referência em empréstimos hipotecários e contas poupança. Até existem empréstimos hipotecários em que a taxa de juros é composta por uma taxa Euribor e acrescida de um suplemento fixo.

O painel de Bancos que determina as taxas Euribor é composto por bancos com uma notação de solvabilidade extremamente boa, ou seja, dela não fazem parte bancos com grandes capitais de risco ou cuja estabilidade é duvidosa. Para se poder fazer parte do regulador tem de se ser bastante regulado e sobretudo ter uma carteira de clientes estável, que lhe permita a sobrevivência sem percalços A escolha dos bancos, que são solicitados a proporcionar os seus dados para a determinação da Euribor, é controlada por uma comissão directora da Federação de Bancos Europeus.

Os bancos que fazem parte desse grupo são muitos dos quais faço alguns destaques, quer pela positiva, quer pela negativa. Um desses bancos é o Dexia da Bélgica, que passa por dificuldades e que foi alvo de intervenção governamental. Para além deste temos outros com algumas dificuldades mas na sua grande maioria são bancos bastante sólidos, entre eles: BNP – Paribas de França, Deutshe Bank, Commerzbank e Dresdner bank da Alemanha, Banco da Irlanda, ABN Amro e rabobank da Holanda, Banco Santander e BBVA de Espanha, Barclays capital de Inglaterra (mesmo sem a Inglaterra fazer parte do euro) e ainda alguns grandes bancos mundiais como o Citygroup, o UBS, o Mitsubishi Financial e o JP Morgan Chase.
Como podemos ver são umas taxas muito bem frequentadas, mas o que todos esperamos é que elas baixem deforma a podermos baixar os nossos encargos mensais.

http://www.euribor.org/html/content/panelbanks.html
http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=335102
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1025436
http://direitoeconomia.com/2008/05/o-que-e-a-taxa-euribor/
http://www.euribor.org/default.htm
http://www.bportugal.pt/rates/intervtx/taxas_eonia_euribor_p.pdf
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=997214&div_id=1727