Após a saída das colocações os jovens estudantes universitários apressam-se a efectuarem as matrículas e a procurarem casa se tiverem de abandonar o seu lar, que é o mais frequente, uma vez que é complicado estar a estudar numa grande cidade e fazer todos os dias dezenas de quilómetros para ir para casa.
Para a maioria dos novos estudantes a entrada no ensino superior e a ida para uma grande cidade, traduz-se numa emancipação e numa grande separação do cordão umbilical que os liga aos seus pais. Para muitos é o descobrir de novas coisas e o adquirir de mais liberdade, que pode ser usada de várias maneiras, de forma saudável ou de forma mais suicida como acontece com alguns, que acham a liberdade tão grande e acabam por cair nos vícios das grandes cidades e os estudos acabam por ficar para trás.
Esta é uma época em que os jovens têm tudo para crescer, uma vez que têm de se desenvencilhar sozinhos na grande cidade, sem terem a mãe ou pai por perto. Há que fazer novos amigos, criar novos hábitos e rotinas. Têm de aprender a viver em grupo e levarem o estudo um pouco mais a sério, pois as exigências são muito maiores e alguns não vêm do Secundário assim tão bem preparados. Nota-se uma grande disparidade entre os alunos que todos os anos chegam ao Ensino Superior, o que não deveria acontecer. Mas parece que os programas não são iguais em todo o país e parece que o próprio Ministério da Educação o atesta ao criar contingentes especiais que abrangem milhares de alunos todos os anos. Temos de repensar melhor estes contingentes, que quanto a mim não são equitativos e traduzem-se numa tremenda desigualdade. Por exemplo se tivermos em conta os estudante da Madeira ou dos açores, constatamos que conseguem entrar no tão pretendido curso de Medicina cá no Continente com notas mais baixas que os Continentais. Mas não fazemos parte todos do mesmo país? Não fazemos todos parte do mesmo sistema de ensino? Dá-me a entender que não e este tipo de contingentes não é mais que um atestado de inferioridade que se dá ao ensino nesses locais.
Mas esta é uma semana de alegrias e em que os estudantes atingem os seus objectivos, pelo menos a maioria, pois muitos acabam por não conseguir entrar na sua primeira opção, mas não deixam de ficar alegres com a nova etapa. A vida académica tem muito para dar, mas é preciso muita cautela e bom senso. Os estudantes podem aproveitar de tudo, mas sem excessos. Se o fizerem adequadamente e sem excessos vão conseguir atingir todos os objectivos não descurando os estudos. Se pelo contrário preferirem apenas a boémia, assim já vai ser um pouco mais complicado conciliarem as duas coisas, mas nada é impossível. É uma época de novas experiências e existem 3 aspectos aos quais devem dar muita atenção; álcool, drogas e sexo.
A vida académica propicia as saídas à noite e nas saídas à noite está sempre presente o álcool. Este acaba por ser a substância tóxica mais consumida pelos jovens estudantes, pois é a que está mais facilmente acessível. Podemos beber e confraternizar com os colegas e até algumas vezes apanhar uma grande bebedeira, mas não devemos fazer disso um costume. Associado ao álcool vêm as drogas e o tabaco. Para muito a vida académica traz-lhes o primeiro contacto com a droga e com o tabaco, e sinceramente a mim faz-me muita confusão que um jovem comece a fumar aos 18, 19 ou 20 anos. Não é essa a época mais propicia às experimentações, mas actualmente assistimos a que cada vez mais jovens comecem a fumar após o seu ingresso no ensino superior. Mas o problema é que não é só tabaco, temos também as drogas e ai o problema é mais sério e requer outro tipo de abordagens. Devemos apostar na sensibilização e ai o papel das associações de estudantes, da reitoria e das câmaras municipais é muito importante. Cabe a todas estas entidades encetarem esforços para cativarem os jovens para outro tipo de actividades que os afastem desta problemática.
Mas ainda me falta falar da vida sexual. É esta uma altura muito importante na vida nos jovens e em que a maioria inicia a vida sexual. Muitos começam a namorar nesta altura e para além dos namoros durante as saídas nocturnas acontecem muitos encontros casuais, bem como durante as tão badaladas festas academias da Recepção ao Caloiro e da Queima das Fitas. É este o momento ideal para consciencializar os jovens a terem uma vida sexual saudável incutindo-lhes alguns princípios muito importantes. Um deles é dar-lhes a conhecer a problemáticas das doenças sexualmente transmissíveis e da importância do uso do preservativo. Outro aspecto é o da gravidez, pelo que se devem ter alguns cuidados adicionais para além do preservativo. Se estivermos a falar de namorados é importante irem os dois a uma consulta de planeamento familiar, se quisermos apenas relações fortuitas devemos na mesma ter muito cuidado e procurar os especialistas para o fornecimento dos métodos contraceptivos, para realização de análises e para os exames ginecológicos, isto no caso das mulheres. Por último é muito importante o desenvolvimento de uma actividade sexual ponderada e que assente numa estabilidade das relações, devendo-se evitar as relações ocasionais em noites de farra e de bebedeira, já que muitas vezes essas noites acabam por marcar toda uma vida.
Para terminar este comentário quero falar de um aspecto muito importante desta semana louca das matrículas e do ingresso no ensino superior, que é a procura de casa para aqueles que são de fora. Este é um negócio muito importante nas cidades com ensino superior e onde os senhorios ainda cometem muitos abusos dada a falta de regulação por parte das entidades competentes.
O que se verifica é que os preços pedidos por um simples quarto muitas vezes sem condições mínimas são exorbitante e depois quando pedimos um factura recusam-se a disponibilizá-la ou se insistirmos muito aumentam os valores pedidos e muitas pessoas acabam por desistir da dita factura. As nossas autoridades devem estar mais atentas a estas situações já que estamos a falar de muitos milhares de euros de impostos que ficam por cobrar. São poucos os senhorios que passam facturas e isso tem de ser combatido. E para além das facturas outro aspecto a combater é a falta de condições de muitas habitações para estudantes. Muitas delas são degradantes e indignas para que alguém lá habite, mas como muitas vezes as condições económicas são más as famílias acabam por aceitar de tudo, sem poderem reivindicar.
Findos estes alertas espero que os jovens estudantes entrem com o pé direito em mais um ano lectivo e que vivam a vida académica e todo o seu esplendor. Existem inúmeras coisas para fazer e experimentar, sendo que apenas é necessária força de vontade, criatividade e moderação.
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