Ainda há bem pouco tempo escrevi acerca do sequestro ao BES de Campolide, que culminou com a morte de um dos assaltantes. Na altura tive a oportunidade de saudar a actuação da polícia e de me mostrar admirado por ainda não terem aparecido muitas vozes contra.
Pois bem, parece que essas vozes estão a aparecer e muita gente discorda da atitude que foi tomada pelo grupo de operações especiais. Claro, coitadinhos dos assaltantes, eles até nem queriam fazer mal a ninguém e como estavam só a brincar aos ladrões acabaram por levar um tiro. Deixemo-nos de brincadeiras e demagogias. Quem assalta algo ou outrem não merece a nossa condescendência e quando se pões em risco vidas humanas, que nada têm a ver com a situação e que são apanhadas de surpresa a atitude da polícia tem de ser forte e neste caso a opção tomada foi a mais correcta, já que se temia pela vida dos reféns.
Até parece que o assaltante que sobreviveu já pensa em processar a polícia portuguesa. Não me admira nada que isso aconteça e com certeza ele vai alegar que tem um qualquer problema mental e que nesse dia não era ele que lá estava, mas sim a sua personalidade bipolar. Não é mal nenhum que as pessoas processem outras, nomeadamente entidades públicas, mas é de fazer rir o facto de que uma pessoa que assalta um banco e que faz reféns, que quer fugir e que usa os reféns como escudo, esteja à espera que lhe seja dada razão numa qualquer acção em tribunal. Só na terra dos sonhos como diz a letra da música do grande Jorge Palma.
Mas aliado aos últimos acontecimentos, surgem notícias que a polícia está a usar muito a força e que nos últimos anos têm havido muitas mortes. Mas afinal a polícia está cá para nos proteger ou para ajudar os bandidos. É que eu estou um pouco confuso, pois se a polícia não pode actuar eu sinto-me inseguro. Vejamos uma situação de um assalto à mão armada em que os assaltantes ferem uma pessoa, a polícia chega ao local e estes põem-se em fuga, mas os agentes têm ângulo de tiro e disparam atingindo algum dos assaltantes e este acaba por morrer. Onde está o erro numa situação destas?
Sinceramente não consigo vislumbrar erro nenhum e a polícia apenas fez aquilo que lhe competia, que era tentar parar os assaltantes, que tinham acabado de cometer um assalto muito violento, tendo inclusivamente ferido uma pessoa. Este é o papel da polícia e é o papel que eu espero dela. Eu e todos os portugueses, senão qualquer dia andamos todos armados porque não podemos contar com a autoridade para nada. Não sejamos radicais, mas com o crescente aumento da criminalidade muito violenta a s autoridades têm de responder na mesma moeda, não com sangue, mas com força e atitude, mesmo que nalgumas situações haja sangue derramado.
Outra situação que aconteceu nos últimos dias foi a de uma criança que morreu durante um assalto. Essa criança pelos vistos era filha de um dos assaltantes, ou seja, como o ATL estava encerrado, o pai decidiu levá-la para lhe transmitir alguns ensinamentos de como se pode ganhar a vida. A situação é muito grave, já que ninguém em perfeito juízo leva uma criança para uma acção daquele género. Com certeza que o que se pretendia é que a criança servisse de escudo e abrandasse qualquer reacção policial.
É óbvio que um agente da autoridade quando faz uso da arma deve procurar não atirar a matar e ter a pontaria suficiente para não ferir ninguém extra assalto e que nada tem a ver com situação. Mas não podemos condenar o agente que apenas tentou fazer o seu dever ao tentar impedir a fuga dos assaltantes.
Toda a gente tem muita pena do sucedido, mas não se pode tolerar a presença da criança numa situação daquelas e o agente não sabia da sua presença, pois de outro modo de certeza que teria um outro tipo de actuação mais cuidada ao ponto de salvaguardar a vida do menor, que nada tinha a ver com aquela situação. O agente da autoridade não se pode sentir crucificado, pois ele fez o seu dever e as pessoas devem deixá-lo em paz, já que para ele a situação não deve estar a ser nada fácil.
Devemos apoiar este agente, bem como todos os outros que procuram desempenhar adequadamente as suas funções, muitas vezes com péssimas condições de trabalho e com salários muito aquém das suas responsabilidades. Mas acabam sempre por dar o seu melhor, logo os portugueses devem estar solidários com os seus polícias e evitar a crucificação deste agente. Podem ter a certeza que esta morte irá marcá-lo para toda a vida e sabe-se lá se ele terá algum dia condições para voltar a exercer as suas funções.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Policia/Interior.aspx?content_id=978543
http://www.destak.pt/artigos.php?art=13542
http://www.agencialusa.com.br/index.php?iden=18226
http://jn.sapo.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=977597
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010&contentid=2665DD58-87BA-416B-8B29-5B6EBD3953DC
http://www.gnr.pt/
http://www.aspig.net/
http://www.aspp-psp.pt/parcerias.php?id=271
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http://www.gnr.pt/
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