sexta-feira, 11 de julho de 2008

IMPOSTO ROBIN DOS BOSQUES


E com comparações ao Robin dos Bosques até parece que estamos de regresso ao passado, mas o passado já lá vai e a realidade actual é bastante assustadora. O tempo dos heróis já lá vai e agora é tempo de pessoas com cabeça e coragem, sendo que este novo imposto me parece de coragem relativa, logo pouco digno dos heróis, mas posso dizer que é digno dos ousados e isso o nosso primeiro-ministro é.

Acho muito positiva esta nova medida e penso que esta só peca por tardia e por ser muito branda. O que são 25%? Para os lucros que estão em causa não são nada e esta taxa deveria ser no mínimo 50%. Ai sim já se via mais alguma coragem e assim talvez o país pudesse recuperar alguma coisa, ainda que pouca, mas poderia ver-se alguma recuperação.

Estes 25% apesar de serem pouco vão dar bastante jeito às finanças públicas e vale sempre mais alguma coisa do que nada. Pode ser que esta medida seja o mote para outras que possam aparecer. Associadas a esta medida deveriam vir outras que abrangessem os lucros exorbitantes dos bancos e o tão falado imposto sobre as grandes fortunas. Essas sim eram duas medidas muito bem-vindas, mas parece que o nosso Robin dos Bosques não pretende para já arranjar muitos inimigos e ataca somente uma pequena parte dos gigantes que podia e deveria enfrentar. Falamos apenas de 3 ou 4 companhias mais poderosas e nos outros casos estaríamos a abranger muito mais pessoas, o que se traduziria num encaixe muito maior.

Esta não deixa de ser uma boa medida e o que eu espero é que a esta se sigam outras mais arrojadas. Todos sabemos que os lucros das petrolíferas são enormes, que o seu negócio é essencial, que as pessoas necessitam dos combustíveis, mas por exemplo os bancos também estão a ter cada vez mais lucros em época de crise. E quem sofre no meio disto tudo? Todas aquelas pessoas que querem ter uma casa própria e não têm dinheiro, logo recorrem ao crédito e com isso engordam os já tão cheios cofres das entidades bancárias. Vamos arriscar um pouco mais senhor primeiro-ministro. É tempo de se tomarem as medidas profundas há tanto tempo proclamadas mas que tardam a aparecer. Se não aproveitar a conjectura de crise para as aplicar nunca mais estará criada uma oportunidade tão boa para isso. Vamos de uma vez por todas criar alguma justiça social. Vamos por aqueles que podem a ajudar os mais necessitados. CORAGEM!

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