A cada dia que passa os combustíveis no nosso país vão-se tornando mais caros e ao mesmo tempo, as reservas mundiais de petróleo vão decrescendo vertiginosamente. Estamos a entrar num caminho sem retorno, em que o consumo está constantemente a aumentar, o que não é acompanhado pelo aumento da produção, pois se alguns até querem aumentar a produção, não podem pois atingiram o pico das suas produções e os que até podiam aumentar as suas produções não o fazem pois não têm interesse nisso. O seu interesse é fazer render o seu produto o maior tempo possível, pois todos sabem que mais ano menos ano ele vai acabar, pelo que há que acautelar o futuro e ganhar o mais possível enquanto se pode.
Em Portugal o preço dos combustíveis sofre alterações praticamente diárias e sempre no sentido ascendente, mas o que se prevê é que esse sentido não se altere pois estamos a falar de um combustível finito que tem os seus dias contados. A nossa sociedade tem de se começar a adaptar rapidamente a uma nova realidade, que implica uma poupança energética a todos os níveis, pois a manter-se este ritmo de consumo daqui a dois ou três anos o preço do barril está nos 150 ou 160 euros e com tendência para continuar sempre a aumentar. O que se vê no nosso país é que temos a gasolina a cerca de 1.39 o litro e o gasóleo a 1.274, ou seja, cada vez se nota menos a diferença entre o gasóleo e a gasolina. Não nos podemos esquecer que a nossa economia assenta principalmente no gasóleo, pois é ele que move os camiões que transportam os bens, que move os autocarros que transportam milhares de pessoas, que serve de combustível a muitas indústrias, entre outros aspectos. A este ritmo todos os produtos por nós consumidos vão atingir em pouco tempo valores recordes e exorbitantes, sendo que alguns desse produtos, hoje acessíveis a todos vão passar a ser produtos de luxo, apenas acessíveis a alguns. O simples ter carro próprio e circular todos os dias com ele vai ser um luxo que nem todos poderão suportar.
Cada um de nós tem de começar a interiorizar um sentimento de poupança, pois a mudança depende de todos e não apenas daqueles que estão no poder a comandar as operações. É óbvio que esses têm enormes responsabilidades, pois têm o poder de legislar e introduzir alterações ao panorama actual, mas não o fazem porque não têm interesse nisso. Não nos podemos esquecer que a indústria do petróleo movimenta biliões de euros todos os anos e que dá trabalho a muita gente, quer directa quer indirectamente e existem muitos que não estando directamente ligados a este negócio, são financiados por ele nas suas campanhas políticas, nas suas aquisições pessoais, logo para quê mudar? Quem está no poder ganha muito com o petróleo, por isso para quê alterar isso, para quê chatear os grandes barões do petróleo. Essa visão tem de mudar, sob a ameaça de atingirmos um ponto sem retorno, ponto esse que pode alterar completamente a noção que temos da vida e a noção que temos do mundo. Não nos podemos esquecer que a questão da energia está directamente relacionada com o aquecimento global, com o degelo e com as alterações climáticas…Temos de reabilitar o nosso planeta urgentemente, ele depende de todos nós.
Em relação ao nosso pequeno país e à nossa situação específica, se calhar já era tempo de o nosso governo baixar a carga de impostos sobre os combustíveis, isto se quer a tal aceleração da economia, se quer o aumento do consumo. No mínimo deveria ter tarifas especiais para a indústria e para os transportes de bens e mercadorias, pois são sectores vitais para o nosso desenvolvimento. Se não dá para baixar os impostos sobre os combustíveis globalmente, ao menos que se baixe para alguns, para que os bens e serviços não aumentem mais e que sejam acessíveis a todos. Ao preço actual dos combustíveis, em especial do gasóleo, é impossível manter os preços, pois as pessoas não podem ter prejuízos, mas muitas empresas vão acumulando dividas e quem acaba por sofrer as consequências são os trabalhadores, que ficam sem o seu posto de trabalho, que perdem o seu poder económico e que fazem com que a nossa economia não cresça. Aqui fica um apelo ao senhor primeiro-ministro, para que pense um pouco neste assunto e que baixe a carga tributária sobre os combustíveis, dado que os preços actuais são muito elevados e insuportáveis para a grande maioria dos portugueses.
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