terça-feira, 28 de julho de 2009

CUIDADO COM O VERÃO


Nunca é de mais tecer algumas considerações acerca dos malefícios do Sol e dos seus efeitos para a saúde e faço-o não porque as pessoas não sabem, mas porque são inconscientes e esquecem deliberadamente. É incrível que nos dias de hoje com a quantidade de informação disponível que se vejam pessoas na praia estendidas ao Sol com o corpo todo vermelho. Até dói só de ver. Há que ter um pouco mais de responsabilidade porque nem só aos outros acontecem as fatalidades. Infelizmente todos estamos sujeitos a elas e quando menos esperamos lá caímos nós no desespero dos problemas de saúde.

O Sol (do latim Sol) é a estrela central do solar. Actualmente, sabe-se que em torno dele gravitam pelo menos oito planetas, três planetas anões, 1.600 asteróides, 138 satélites e um grande número de cometas. A sua massa é 333.000 vezes a da Terra e o seu volume 1.400.000 vezes. A distância do nosso planeta ao Sol é de cerca de 150 milhões de quilómetros. A luz solar demora 8 minutos e 18 segundos para chegar à Terra.

O Sol emite radiação ultravioleta, sendo que a radiação ultravioleta (UV) é a radiação electromagnética ou os raios ultravioletas com um comprimento de onda menor que a da luz visível e maior que a dos raios X, de 380 nm a 1 nm. O nome significa mais alta que (além do) violeta (do latim ultra), pelo facto que o violeta é a cor visível com comprimento de onda mais curto e maior frequência.

No que diz respeito aos efeitos na saúde humana e no meio ambiente, classifica-se como UVA (400 – 320 nm, também chamada de "luz negra" ou onda longa), UVB (320–280 nm, também chamada de onda média) e UVC (280 - 100 nm, também chamada de UV curta ou "germicida"). A maior parte da radiação UV emitida pelo sol é absorvida pela atmosfera terrestre. A quase totalidade (99%) dos raios ultravioletas que efectivamente chegam à superfície da Terra são do tipo UV-A. A radiação UV-B é parcialmente absorvida pelo ozono da atmosfera e a sua percentagem que chega à Terra é responsável por danos na pele. Já a radiação UV-C é totalmente absorvida pelo oxigénio e o ozono da atmosfera.

Um dos maiores problemas da absorção de radiação ultravioleta é o cancro de pele, que a cada ano aumenta o número de casos. É o tipo de cancro mais frequente nos indivíduos de raça branca (caucasiana). A exposição excessiva ao sol é considerada a causa mais frequente de cancro da pele (cerca de 90 por cento dos casos). Os tipos de cancro da pele mais frequentes são o Basalioma ou carcinoma baso-celular, o Carcinoma espinho-celular ou pavimento-celular e o Melanoma maligno.

O melanoma maligno é o cancro da pele mais perigoso e um dos tumores malignos mais agressivos da espécie humana. Origina-se a partir dos melanócitos da epiderme, células responsáveis pelo fabrico do pigmento natural (melanina) que dá a cor bronzeada à pele. Atinge grupos etários mais jovens que o basalioma e o carcinoma espinhocelular. Ao contrário do basalioma ou do carcinoma espinocelular, que estão relacionados com a exposição crónica ao sol, o melanoma maligno parece estar mais associado à exposição solar intermitente, aguda e intempestiva, muitas vezes acompanhada de queimaduras solares ("escaldões"), especialmente quando ocorridos em idades jovens.

Este pode surgir sobre pele aparentemente sã, em qualquer parte do corpo ou sobre sinais preexistentes. O aspecto inicial do melanoma é variado, mas caracteriza-se, habitualmente, pelo aparecimento de um pequeno nódulo ou mancha, de cor negra de alcatrão, sobre pele aparentemente sã ou sobre um sinal já existente. O tratamento é quase sempre cirúrgico e, quando efectuado nas fases iniciais, em que o tumor ainda é muito fino (espessura inferior a meio milímetro), atinge elevadas taxas de cura. Todavia, quando o tumor já é muito espesso (espessura superior a quatro milímetros), as probabilidades de cura ficam drasticamente reduzidas, existindo o risco eminente de metastização à distância. O diagnóstico precoce é, pois, fundamental.

Alguns sinais de alarme em relação ao melanoma maligno:
Surgimento recente de um sinal de cor negra em pele aparentemente sã;
Modificação de um sinal já existente;
Alteração do tamanho (crescimento recente);
Alteração da forma (contorno irregular);
Alteração da cor (negra, castanha, rosada);
Aparecimento de prurido (comichão);
Aparecimento de inflamação (vermelhidão);
Aparecimento de ulceração (ferida);
Aparecimento de hemorragia (sangra facilmente).

A grande maioria dos sinais da pele (nevos), quer de nascença quer adquiridos, é completamente inofensiva. Porém, existem alguns, com aspecto particular (nevos atípicos) que podem indicar um maior risco de vir a ter um melanoma. As pessoas com muitos sinais são aconselhadas a fazer o auto-exame da pele cerca de uma vez por mês. Em caso de dúvida, deve consultar um dermatologista.

E como prevenir continua sempre a ser o melhor remédio e aquele que é mais barato de todos, nunca é demais aconselhar as pessoas a não se exporem ao Sol nas horas críticas (entre as 12H e as 16H), quando forem obrigadas a isso devem proteger-se com protector solar e com boné. Nos casos de idas para a praia não se devem esquecer de aplicar o protector várias vezes, sobretudo após idas à água. Mas não esquecer que o protector apenas dá uma ajuda, não garantindo protecção total contra o Sol. O melhor é mesmo só nos expormos o mínimo possível não abusando. Como para tudo na vida devemos ter algumas regras.

Sem comentários: