No “post” anterior não expressei adequadamente a minha opinião em relação e este tema, pelo que vou tentar discutir algumas pontas soltas, mas que quanto a mim me parecem fulcrais nesta situação.
Em relação ao facto de os farmacêuticos administrarem vacinas parece-me que o assunto está encerrado e não me faz nenhuma confusão este facto, sendo que foi essencialmente isso que eu abordei no comentário anterior.
Parece-me que aqui o verdadeiro problema não está em quem faz, mas sim onde se faz. E nesse aspecto não estou nada de acordo que a administração de vacinas se processe nas farmácias, dado que as pessoas habituaram-se a ver as farmácias como locais onde se dispensam medicamentos e outros produtos de origem farmacêutica como cosméticos e produtos ortopédicos. A portaria do governo que permite que as farmácias administrem vacinas vem desvirtuar aquilo que é e sempre foi uma farmácia. Vem transformar as farmácias em verdadeiros centros comerciais onde se faz e se vende de tudo um pouco e sabemos que não é bem assim, que desde os primórdios a sua principal função foi a venda de medicamentos, sendo que ainda há bem pouco tempo para além da venda as farmácias dedicavam-se também à sua produção.
Isto é que a verdadeira função das farmácias de oficina ou mais actualmente designadas farmácias comunitárias. Ao estarmos a atribuir às farmácias outras valências estamos a fugir da sua função principal que é e venda de medicamentos por profissionais altamente preparados para o efeito. As pessoas procuram nas farmácias uma segurança que lhes é dada pelo grau de formação dos farmacêuticos na área do medicamento e não a procuraram para administração de vacinas ou para outras coisas que estão na calha como as análises clínicas. Não devemos querer afastar-nos da função das farmácias pois isso pode levar-nos a um ponto em que não se distinguem as funções das diversas profissões e isso é bastante grave.
Todos sabemos que a intenção do nosso governo é reduzir o lucro das farmácias, que neste momento é de aproximadamente 18.5% na venda de medicamentos, o que é um valor muito bom, perfeitamente passível de ser reduzido, sem grandes prejuízos para as farmácias e com grande benefício para o ministério da saúde, que dessa forma poupava milhares de euros que poderiam ser empregues na modernização das unidades de saúde existentes e na construção de novas unidades.
Mas o que parece é que o governo tem medo de reduzir os lucros das farmácias e com uma mão quer tirar, mas com outra mão está a dar às farmácias novas valências e isso quanto a mim é que está errado, dado que nos estamos a meter nos negócios de outros profissionais. A mim não me surpreende que se queira diminuir as margens de lucro, que mesmo que baixem 3 ou 4% continuam a ser excelentes, só que uma medida destas tem de ser tomada com coragem sem que para isso por trás se esteja a dar outras formas de rendimento às farmácias.
O problema não pode nunca centrar-se no profissional que administra, pois essa questão pode ser facilmente ultrapassada. A grande questão está no facto de as farmácias deverem ter ou não esse tipo de atribuições. Isso é que parece que não deve acontecer, pois estamos a dar às farmácias oportunidades de negócio que já pertencem a outros e isso não está correcto. Vejamos alguns exemplos. Existem unidades privadas de saúde que fazem análises sanguíneas e que administram vacinas e que são pagas para isso, logo no caso de as farmácias começarem a dispor desses serviços essas unidades de saúde privadas que têm todas as condições vão começar a ficar prejudicadas. Então se calhar qualquer dia também temos de permitir que as instituições privadas que não farmácias, também comecem a vender medicamentos e não me parece que isso seja viável, logo também não deve ser viável que as farmácias façam aquilo que outros já fazem actualmente.
Esta é sim a verdadeira questão e se não me oponho a que farmacêuticos administrem vacinas já me oponho a que as farmácias tenham essa e outras funções. As farmácias são locais de excelência para a venda de medicamentos e outros produtos relacionados e não devemos alterar essas funções. O governo terá de ser firme nas suas convicções e não estar a tirar com uma mão e dar com outra, senão qualquer dia tem muitas áreas de actividade a quem dar a mão, pois com outros a entrar nas suas áreas de negócio os clientes diminuem, os lucros baixam e poderá começar a haver excedente de trabalhadores e isso sim é preocupante e deve ser combatido, por isso para quê alterar o que está a funcionar bem, claro que no que diz respeito aos locais onde as coisas são feitas, dado que nestes meios existem muitas coisas mal, mas cada coisa a seu tempo.
http://www.farmacia.com.pt/index.php
http://www.anf.pt/site/index.php
http://www.ff.up.pt/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Botica
http://clix.expressoemprego.pt/scripts/indexpage.asp?headingID=3268
http://www.sindicatofarmaceuticos.org/
http://www.min-saude.pt/Portal/Templates/NewsItem.aspx?NRMODE=Published&NRORIGINALURL=%2Fportal%2Fconteudos%2Fa%2Bsaude%2Bem%2Bportugal%2Fnoticias%2Farquivo%2F2007%2F7%2Ffarmacia%2Boficina.htm&NRNODEGUID=%7B8EC37A61-1881-4808-8C0B-0C482FDC77F1%7D&NRCACHEHINT=Guest
http://www.ordemfarmaceuticos.pt/scid/ofWebInst/
http://www.farmacia.com.pt/index.php
http://www.anf.pt/site/index.php
http://www.ff.up.pt/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Botica
http://clix.expressoemprego.pt/scripts/indexpage.asp?headingID=3268
http://www.sindicatofarmaceuticos.org/
http://www.min-saude.pt/Portal/Templates/NewsItem.aspx?NRMODE=Published&NRORIGINALURL=%2Fportal%2Fconteudos%2Fa%2Bsaude%2Bem%2Bportugal%2Fnoticias%2Farquivo%2F2007%2F7%2Ffarmacia%2Boficina.htm&NRNODEGUID=%7B8EC37A61-1881-4808-8C0B-0C482FDC77F1%7D&NRCACHEHINT=Guest
http://www.ordemfarmaceuticos.pt/scid/ofWebInst/
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