
E até onde se faz Justiça reina a desordem, o caos e a insegurança. É com grande surpresa, ou não, que li esta manhã a notícia de que o tribunal de Almada tinha sido alvo de uma visita dos amigos do alheio, que levaram uma pequena caixa multibanco que lá se encontrava, ou se não chegaram a levar, pelo menos deixaram-na um pouco mais leve ao retirarem de lá o dinheiro que lá se encontrava.
Como é que os portugueses se podem sentir seguros se até nas casas da Justiça, onde se aplicam as penas, das mais leves às mais pesadas, dos crimes mais banais aos grandes crimes, não têm segurança durante a noite. Primeiro foi o facto de magistrados terem sido alvo de agressões em pleno dia por falta de policiamento, agora são as notícias cada vez mais frequentes de assaltos a tribunais. Onde é que isto vai chegar? Se calhar não tarda nada começam a roubar os processos-crime que estão por lá armazenadas o que se calhar traria alguns transtornos à nossa Justiça.
Este tipo de instituições devem ter boas condições de segurança, já que são o garante da aplicação das leis, são o símbolo do que é correcto, são o local onde se faz ou se tenta fazer Justiça, se bem que em muitos casos é mais tentar, pois as condições de trabalho são péssimas. O nosso Governo deve olhar para estas situações e fazer alguma coisa com urgência, senão arriscamo-nos a que qualquer dia os assaltantes levem o equipamento e mobiliário das salas de audiências impossibilitando a realização dos Julgamentos. Se calhar uma situação deste género já esteve mais longe.
Um tribunal deve funcionar como uma fortaleza e deve ser estanque a penetração de amigos do alheio, não devendo deixar transparecer para a população uma sensação de insegurança, que em muitos casos e locais é bem real e que deve ser a todo o custo contrariada. É bom que se criem sistemas de vigilância eficazes que façam parar este tipo de crimes que nada dignificam o nosso Estado e a nossa Justiça.
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