
Já passou algum tempo desde que a senhora Manuela Ferreira Leite assumiu a presidência do Partido Social Democrata e ainda não vi nada que me satisfizesse. A sua presidência tem sido bastante amarga, demonstrando claramente a falta de vontade com que a Dra. Ferreira Leite encarou este desafio. Dei-lhe algum tempo, mas começo a aperceber-me que a Dra. foi quase que forçada a avançar, não o tendo feito por convicção e por achar que seria uma alternativa viável e dinâmica.
Não se vê dinamismo na sua postura, não se vê programa alternativo e não é com discursos como o que a Dra. proferiu de que não cabia à posição dar alternativas ao governo que o povo a apoiará. O povo necessita de saber quais as ideias da Dra. Ferreira Leite, pois não é sob um manto de nuvens e nevoeiro, que se poderão formular opiniões. Há que esclarecer os portugueses o mais rapidamente possível, sendo que a derrota nas próximas eleições é mais que certa, mas pelo menos temos de evitar uma nova maioria absoluta.
Penso que é no evitar de uma nova maioria absoluta que nos devemos concentrar, já que o governo de Sócrates está muito bem lançado para uma nova vitória. Mas para podermos evitar alguma coisa temos de ser bastante esclarecedores, temos de ter ideias fortes e temos que ter uma postura confiante e expressiva. Não é com cara triste e enfadonha que chegamos lá. Se não tinha vontade de abraçar este desafio era melhor ter ficado por casa. Já que o abraçou apenas lhe pedimos mais garra e empenho. Sei muito bem que sozinha não pode fazer nada, mas tem muita gente capaz à sua volta, pelo que não deverá ser difícil fazer uma boa oposição.
Não basta dizer que o país não deve enveredar pelos investimentos que estão projectados. Temos de definir muito bem o que se deve fazer e o que não se deve fazer. Quais os investimentos prioritários e aqueles que podem esperar. E em relação aos investimentos não concordo que o PSD seja contrário à construção das barragens, já que falamos de energia limpa e duradoura. Em relação ao TGV considero ser um erro crasso e que vai custar muito ao país. Não me parece um investimento necessário, sendo neste momento comparável a um luxo. Luxo esse que neste momento a nossa população não pode pagar.
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