Parece que as mudanças nos mais altos cargos da justiça e da investigação criminal portuguesa são cada vez mais frequentes, o que logo aí é mau, uma vez que são cargos que mereciam uma continuidade, não só pela responsabilidade, mas pelas acções que estão a ser efectuadas e que devem ser terminadas por quem as iniciou. Na procuradoria tem sido um vai e vem e a polícia judiciária vai pelo mesmo caminho, logo a polícia mais importante, não desvalorizando as restantes polícias, mas trata-se de uma força de investigação criminal de elite, que trata os casos mais complicados.
Em primeiro lugar penso que não estavam reunidas as condições para uma demissão do senhor Alípio Ribeiro, pois ele não disse nenhuma mentira ao longo da sua direcção, pautou-se sempre por sinceridade, rigor e coerência, e é de pessoas assim que nós precisamos neste tipo de cargos. A sua última entrevista causou bastante celeuma, mas eu concordo totalmente com o que foi dito e penso que todos sairíamos beneficiados se as diversas forças policiais portuguesas estivessem sob a mesma tutela, dado que as falhas de comunicação diminuíam e todos rumavam par o esmo lado, sob o mesmo timoneiro. Não digo que as coisas não se consigam levar a bom porto nos moldes actuais, mas a centralização do poder de decisão é muito boa neste tipo de meios e é importante que o líder esteja bem definido e que as directrizes que são emanadas sejam seguidas por todos sem excepção, pois de nada vale que uns remem para a esquerda se os outros estão a rumar para a direito, sendo que o mais certo é que não se saia do mesmo local ou que não se avance como se devia e queria.
Um aplauso ao senhor Alípio Ribeiro pelo trabalho que desenvolveu e é pena que não tenha continuado seu bom trabalho. Em relação ao novo director geral, também um aplauso, pois considero ser uma pessoa extremamente capaz, um excelente investigador, uma pessoas humilde e com capacidade de liderança. O trabalho que ele tem desenvolvido na polícia judiciária tem sido um trabalho de excelência e não tenho dúvidas de que irá realizar um bom trabalho nas suas novas funções.
As críticas que têm vindo a público, sobretudo da parte dos magistrados não têm sentido e já há muito tempo que deveria ter sido um inspector de carreira a assumir o comando da judiciária, pois ninguém melhor que um inspector conhece a realidade da polícia, aquilo que se faz, os modos de actuação, as necessidades mais importantes sentidas pelos operacionais, entre outros aspectos. Não é o melhor momento para se iniciarem as críticas e vamos dar tempo ao novo director para fazer o seu trabalho e tenho a certeza que ele vai tentar arrumar a casa e vai investir na resolução das necessidades mais urgentes da judiciária e que passam por mais meios de combate ao crime.
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